Dados do Trabalho
Título
AVALIAÇAO DA CITOTOXICIDADE IN VITRO DO OXIDO DE GRAFENO FUNCIONALIZADO COM HEPARINA
Fundamentação/Introdução
O óxido de grafeno (GO) e a heparina são moléculas que possuem diversas
aplicações relatadas na literatura. A união dessas duas moléculas (GO@Heparina) vem
sendo estudada por conta de uma possível atividade antiviral. Dessa forma, avaliar o perfil
de segurança dessa molécula como os níveis de estresse oxidativo fornece uma base para
futuros ensaios antivirais.
Objetivos
Avaliar o perfil de segurança da molécula de
GO@Heparina em células VERO.
Delineamento e Métodos
Trata-se de um estudo experimental onde
foram realizados testes de citotoxicidade como o ensaio do DCFH-DA e do Óxido Nítrico
para mensurar o estresse oxidativo e o ensaio de MTT e PicoGreen® para analisar a
viabilidade e morte celular. As análises estatísticas foram realizadas pelo teste de ANOVA
com post hoc de Dunnet no software Graphpad Prism.
Resultados
Após 24 horas de tratamento com GO e GO@Heparina 2,5% e 5,0%, observou-se que o composto não foi
capaz de induzir significativamente espécies reativas de oxigênio (ROS) nas
concentrações avaliadas. A literatura descreve que compostos a base de GO apresentam
citotoxicidade dependente da dose e do tempo. Dessa forma, os resultados não
significativos podem ser em decorrência do curto tempo de tratamento e das
concentrações utilizadas. Além disso, foi possível observar que após 24 horas dos
tratamentos houve formação de nitritos orgânicos nas maiores concentrações (250 e 375
µg/mL) em ambas as concentrações de heparina, porém, observa-se que no tratamento
com o composto a 5,0% de heparina a produção de nitritos foi menor, o que sugere um
possível efeito citoprotetor da heparina, portanto, quanto maior a concentração de
heparina, menor a produção de nitritos orgânicos e menor o estresse oxidativo. O efeito
citoprotetor da heparina é descrito na literatura onde houve um leve aumento na
viabilidade celular de células bEND.3, o estudo aborda que a heparina conferiu uma
proteção moderada, mas significativa na citotoxicidade desse composto diminuindo a
morte celular apoptótica das células analisadas.
Conclusões/Considerações Finais
Foi possível concluir, de forma parcial, que os compostos utilizados não induziram estresse oxidativo
nas células após 24 horas de exposição aos tratamentos. Novos ensaios serão realizados
para determinar a concentração ideal de tratamento, além de tempos de exposição mais
longos para confirmar a ausência de citotoxicidade dos compostos.
Palavras Chave
Estresse oxidativo; Citotoxicidade; Nanomedicina; Antiviral.
Arquivos
Área
TEMA LIVRE
Autores
MYLANE GENRO SANTOS, CAROLINE AREND BIRRER, CAMILA MEDIANEIRA DA SILVA D'ÁVILA, FRANCINE CARLA CADONÁ, FRANCIELLE LIZ MONTEIRO