Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇAO COMPARATIVA DA CITOTOXICIDADE DE PLACAS DE TITANIO ANODIZADAS POR METODO CONVENCIONAL E POR EXTRATO DA FOLHA DE PSIDIUM GUAJAVA

Fundamentação/Introdução

O titânio, apesar de ser amplamente utilizado em implantes, pode causar danos celulares devido à liberação de íons. A anodização é um processo de modificação da superfície capaz de formar uma camada de óxido protetora, minimizando esses efeitos. No entanto, métodos tradicionais com ácidos, embora eficazes, apresentam desafios ambientais e de segurança.

Objetivos

O presente estudo propõe explorar a toxicidade frente a utilização de extrato da folha de Psidium guajava como alternativa para anodização. Para isso, foi comparada a citotoxicidade de placas de titânio anodizadas com ácidos convencionais e com extrato de Psidium guajava utilizando ensaio de viabilidade celular.

Delineamento e Métodos

As placas de titânio de 1 cm2 foram anodizadas utilizando três eletrólitos distintos: ácido fosfórico, ácido fosfórico com ácido fluorídrico e extrato de Psidium guajava. Após a anodização, as placas foram esterilizadas e incubadas com 5 ml de Meio de Eagle Modificado por Dulbecco (DMEM) por 24 h (37°C) para obtenção do meio de extração. A citotoxicidade do extrato foi analisada em células de osteosarcoma humana (Saos-2) cultivados em DMEM com 10% de soro fetal bovino. O teste foi realizado em microplacas utilizando 4,5 x 104 células/poço incubadas com meio de extração por 24 h (37°C e 5% de CO2). A viabilidade celular foi determinada pelo teste colorimétrico de captação do Vermelho Neutro. Para análise estatística foi utilizado ANOVA e pós-teste de Tukey (p ≤ 0,05).

Resultados

Foi demonstrado que o titânio puro reduziu a viabilidade celular para aproximadamente 44%, indicando um efeito citotóxico significativo. A combinação de ácido fosfórico com ácido fluorídrico apresentou 76% de viabilidade e não demonstrando potencial citotóxico, conforme a norma ISO 10993-5. Em contraste, as placas anodizadas com ácido fosfórico ou extrato de Psidium guajava, mantiveram uma viabilidade celular de 100%.

Conclusões/Considerações Finais

O efeito observado no titânio puro, evidenciou que diferentes tratamentos não comprometeram a biocompatibilidade das superfícies tratadas, destacando o impacto positivo da anodização na redução da citotoxicidade. Além disso, o uso do extrato de Psidium guajava mostrou-se uma alternativa promissora aos ácidos no processo de anodização.

Palavras Chave

Citotoxicidade; Placas de titânio; Psidium guajava, Saos-2

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