Dados do Trabalho


Título

ANALISE DA FREQUENCIA DE AEDES AEGYPTI COM O USO DE ARMADILHAS DE MONITORAMENTO ENTOMOLOGICO APOS A APLICAÇAO DE LARVICIDA EM BOCAS DE LOBO NO MUNICIPIO DE JOINVILLE, SANTA CATARINA

Fundamentação/Introdução

Em 2023 registrou-se 39 mortes por Dengue no município de Joinville-SC (DATASUS, 2023). Segundo Barrera et al (2008), os “escoadouros de água pluvial, fossa séptica e tanque elevado” são locais propícios para procriação elevada de mosquitos (BARRERA et al., 2018 apud OPAS, 2019). Ademais, os estudos de ANDRADE et al. (2022) e PAPLOSKI et al. (2016) apontaram a presença do Aedes aegypti em bocas de lobo.

Objetivos

O objetivo do presente estudo é avaliar a frequência do vetor Ae. aegypti através de larvitrampas antes e após uma rotina de tratamentos nas bocas de lobo em 3 áreas do bairro Anita Garibaldi (Joinville-SC).

Delineamento e Métodos

Este estudo é uma análise experimental que compara 3 regiões em períodos distintos do bairro Anita Garibaldi (antes/pós-tratamento), sendo elas próximas a maternidade (área 1), grupo escoteiro (área 2) e Museu estação da Memória (área 3). As áreas de tratamento foram selecionadas baseadas na alta densidade larvária do Ae. aegypti expressas pelo Sistema de Informação Geográfica. Os bueiros com água foram mapeados pelo aplicativo WikiLoc para serem tratadas com 0,5g de Espinosade (biolarvicida). Os ciclos de tratamento ocorreram em intervalos de 60 dias, iniciando em novembro/dezembro de 2022 e findando em março/abril de 2023 (ao todo 3 ciclos). Utilizou-se larvitrampas para avaliar a frequência da espécie.

Resultados

A frequência do Ae. aegypti foi realizada através do cálculo de Índice de Larvas por Armadilha (ILPA) entre os meses de novembro de 2021 a abril de 2022 e novembro de 2022 a abril de 2023, referindo-se aos períodos pré e pós-tratamento, respectivamente.
Os maiores índices antes e após o tratamento observados foram no período de janeiro/fevereiro de 2022 e 2023, sendo de 2,4 e 3,5 larvas por armadilha, respectivamente. O teste Qui-quadrado não indicou diferença estatística entre os dados do pré e pós-tratamento. Ademais, a área 1 apresentou maior ILPA e durante o trabalho observou-se a presença de alados e larvas nos bueiros dessa região.

Conclusões/Considerações Finais

Avaliou-se 158 bueiros na área de tratamento. Ao comparar a Área 1, 2 e 3 do período pré e pós-tratamento constata-se que não há diferença estatística significativa. Salienta-se que os resultados podem sofrer a influência da variação do clima (visto que foram analisados anos diferentes) e o método de análise entomológica com larvitrampas pode não ser adequado para monitorar a frequência de Ae. aegypti em bocas de lobo (OPAS, 2019).

Palavras Chave

Palavras-chave: Aedes aegypti, Larvitrampas, Sistema de Informação Geográfica (GIS)

Arquivos

Área

TEMA LIVRE

Autores

CATARINA LOPES, VICTOR HUGO PEREIRA DA SILVA, SAULO VICENTE ROCHA, BEATRIZ MARIA DOS SANTOS, SILMARA COSTA DA SILVA