Dados do Trabalho
Título
ALTERAÇOES QUANTITATIVAS E MORFOLOGICAS NO HEMOGRAMA DE CASOS DE DENGUE.
Fundamentação/Introdução
Fundamentação/Introdução: A dengue, doença causada pelo vírus DENV (sorotipos 1-4), possui quadro clínico diverso, com casos leves e mais graves. O diagnóstico é feito por testes imunológicos ou de biologia molecular, porém o hemograma ainda é o exame mais utilizado para se avaliar a gravidade da doença e monitorar a evolução.
Objetivos
Objetivos: Apresentar alterações de hemograma observadas na dengue e mostrar a correlação de alguns achados com a gravidade da doença.
Delineamento e Métodos
Delineamento e Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática bibliográfica, que incluiu artigos publicados em revistas de referência nos últimos 10 anos.
Resultados
Resultados: O leucograma pode apresentar leucopenia, linfopenia e neutropenia e elevação na contagem de linfócitos reativos (LR). Os LR são identificados em maior quantidade no hemograma de pacientes em fase aguda devido a ação dos linfócitos T CD4, CD8 nas células infectadas. A linfocitose reativa pode ocasionar uma resposta adaptativa intensa e mal direcionada, ocasionando a fisiopatologia dos danos teciduais da dengue. Equipamentos de automação são limitados na identificação de LR, porém alguns possuem o parâmetro High Fluorescence Cells (HFC), em que LR maiores e com altos níveis de ácidos nucleicos são identificados, sendo recomendável analisar a lâmina quando HFC > 1%. No eritrograma observa-se eritrocitose e aumento do hematócrito que correlaciona-se com maior risco para eventos tromboembólicos. A trombocitopenia na dengue pode ser correlacionada com a coagulação devido a lesão vascular ou ação direta do vírus atacando a medula e comprometendo a trombopoese, sendo interessante avaliar o motivo da redução das plaquetas na avaliação da gravidade do quadro. Para isso pode-se utilizar o parâmetro Fração de Plaquetas Imaturas (IPF), em que valores elevados indicam trombopoese compensatória acelerada, enquanto valores normais sugerem produção medular prejudicada. A presença de plaquetas jovens também pode ser inferida pela elevação no Volume Plaquetário Médio (VPM) ou do Platelets – Large Cell Ratio (P-LCR), que se correlacionam com o encontro de macroplaquetas na análise da lâmina.
Conclusões/Considerações Finais
Conclusões/Considerações Finais: Constatou-se que o hemograma pode ser um exame útil como preditivo da gravidade da dengue.
Palavras Chave
Palavras-chave: dengue, hemograma, parâmetros hematológicos, IPF, HFC.
Arquivos
Área
TEMA LIVRE
Autores
GABRIELLA DE SOUZA RODRIGUES, ELAINE GROPP