Dados do Trabalho


Título

Metodologia de diagnóstico molecular de toxoplasmose em gestantes

Fundamentação/Introdução

A toxoplasmose, uma zoonose universal causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, é transmitida através da ingestão de água e alimentos contaminados. Embora assintomática em mais de 80% dos casos,  a infecção pode resultar em complicações graves em gestantes, incluindo transmissão vertical, que pode ter desfechos graves para o feto/bebê . É importante determinar se a contaminação ocorreu durante a gestação ou antes, para que a conduta médica adequada seja definida, e para isso são utilizados testes sorológicos. Nesse sentido, destaca-se a relevância da pesquisa de testes moleculares como novas opções diagnósticas.

Objetivos

Analisar as metodologias de reação em cadeia da polimerase (PCR) aplicadas para o diagnóstico de toxoplasmose congênita.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional com abordagem qualitativa, realizado através de levantamento bibliográfico nas plataformas Pubmed e Scielo. Foram utilizadas as palavras-chave “PCR” e “congenital toxoplasmosis”, e foram selecionados artigos publicados de 2005 a 2024.

Resultados

O diagnóstico por meio de sorologia é o padrão usado em laboratórios, porém, a presença de altos níveis de IgG e a persistência de IgM por um longo período de tempo, dificulta a interpretação desses testes. Dessa forma, o uso da PCR para detecção do parasita é um potencial método que vem sendo estudado. A partir da amplificação do gene B1 ou P30 do protozoário em líquido amniótico é possível realizar o diagnóstico pré-natal de toxoplasmose congênita, evitando o uso de métodos mais invasivos que necessitam de amostra sanguínea do feto para análise. A técnica de PCR somente será positiva quando houver parasitemia, que normalmente ocorre na fase aguda após a contração do parasito. Dessa forma, o uso do PCR em tempo real pode contribuir com um bom prognóstico de toxoplasmose congênita pois relaciona carga parasitária, período de infecção materna e risco de infecção fetal.

Conclusões/Considerações Finais

O uso da PCR tem mostrado bom potencial diagnóstico, pois permite que a doença possa ser detectada sem a necessidade da realização de coleta sanguínea fetal, podendo ser analisada a concentração do patógeno no líquido amniótico. Porém, essa metodologia ainda apresenta limitações, como a definição dos melhores conjuntos de primers, sendo necessários mais estudos para que a técnica possa contribuir com o diagnóstico de toxoplasmose.

Palavras Chave

Toxoplasmose congênita. Diagnóstico molecular. Reação em cadeia da polimerase (PCR).

Arquivos

Área

TEMA LIVRE

Autores

ANA PAULA BOARO, LAURA CRISTINA PRIMMAZ PREUSSLER, GABRIELA KNIPHOFF DA SILVA