Dados do Trabalho


Título

DESVENDADO TRATAMENTOS ALTERNATIVOS PARA O COMPLEXO DA ESCLEROSE TUBEROSA ATRAVES DE FERRAMENTAS DE BIOINFORMATICA

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamentos: O complexo da esclerose tuberosa (TSC) é uma doença causada por variantes germinativas patogênicas nos genes TSC1 ou TSC2 e pela hiperativação de mTOR. A epilepsia é uma das manifestações mais graves, sendo frequentemente refratária às opções terapêuticas disponíveis.

Objetivos

Objetivos: Investigar os mecanismos de epileptogênese no TSC a fim de buscar opções terapêuticas adicionais para este sintoma.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Estudo em banco de dados públicos utilizando ferramentas de bioinformática. Dados de expressão gênica de dois estudos foram coletados no Gene Expression Omnibus (GSE): 16969 - pacientes com TSC e epilepsia refratária e controles (córtex normal); e 128300 - pacientes com displasia focal cortical (FCD) tipo II e esclerose hipocampal (outras patologias que causam epilepsia) e controles (pacientes sem epilepsia). Os dados foram comparados em linguagem R e filtrados no Excel. Um diagrama de Venn foi criado para observar expressões comuns ou diferentes entre TSC e as outras condições. Os resultados de expressão diferencial, os genes da via de mTOR e as vias relacionadas com o fenótipo de epilepsia no HPO e DisGeNet foram utilizados para realizar análises de biologia de sistemas. Todos os dados obtidos foram utilizados para fazer um reposicionamento de fármacos no Drug Gene Budger.

Resultados

Resultados: Na análise de expressão diferencial, foram encontrados 17 genes alterados em comum entre TSC e FCD II (ambas relacionadas à via de mTOR) e um entre TSC e HS (apenas TSC relacionado a mTOR). A análise do STRING apontou três proteínas de interesse (MAPK1, MAP2K4 e PTPRR) e as análises do PhenomEscape demonstraram duas vias de interesse (homeostase do ferro e orientação axonal). O reposicionamento de fármacos resultou em 72 moléculas, sendo 54 que agem em alguma proteína relacionada à via de mTOR e 18 que não agem diretamente na via de mTOR. Três moléculas foram encontradas em todas as comparações efetuadas: metotrexato, sirolimus (inibidor de mTOR, já utilizado para TSC) e wortmanina (inibidor de PI3K). A cefaelina, encontrada em 4 das 5 comparações efetuadas, é uma indutora de ferroptose, um mecanismo já relatado na literatura como relacionado a patogênese do TSC.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões/Considerações finais: A estratégia utilizada neste estudo exploratório identificou compostos já usados para controle de crises convulsivas em TSC. Ainda, novas terapias foram encontradas e podem ser testadas de forma complementar as terapias usuais.

Palavras Chave

Esclerose tuberosa.

Arquivos

Área

TEMA LIVRE

Autores

CLÉVIA ROSSET, MARIA CLARA DE FREITAS PINHO, ARTHUR BANDEIRA DE MELLO GARCIA, THAYNE WOYCINCK KOWALSKI, PATRICIA ASHTON-PROLLA