Dados do Trabalho

Título

FOTOTERAPIA PARA O TRATAMENTO DE ULCERA DE PE DIABETICO: UM RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

A úlcera de pé diabético é comum em pacientes diagnosticados com diabetes mellitus, frequentemente resultando em feridas que podem ser difíceis de tratar. A fototerapia vem sendo explorada como uma terapia complementar para acelerar a cicatrização de lesões crônicas.

Objetivos

Descrever, por meio de relato de caso, a fototerapia como recurso de tratamento de pacientes com úlceras diabéticas.

Descrição do caso

Paciente masculino, 49 anos, com diagnóstico de Diabetes Mellitus Tipo 2, há cerca de 10 anos, apresentou úlcera plantar no pé esquerdo. Foi iniciado um protocolo de fototerapia com aplicação de luz de baixa intensidade, associada à higienização da ferida e curativos adequados. Inicialmente, foi adotado um protocolo de led azul (450nm) e laser vermelho (658nm) na intensidade de 5J e 5J/cm², respectivamente. Posteriormente, com a cessação de secreções e infecções, seguiu-se o tratamento com laser vermelho na intensidade de 5J/cm². As sessões de fototerapia, foram realizadas duas vezes por semana com acompanhamento semanal da progressão da cicatrização através de registros fotográficos e descritivos.

Resultados

Paciente chegou ao ambulatório com sensibilidade alterada nos dermátomos de L4, L5 e S1 até a altura dos maléolos medial e lateral, enquadrando-se no filamento de cor laranja no teste de monofilamento. A lesão estava se desenvolvendo a cerca de um mês, de acordo com o relato do paciente, possuindo aspecto avermelhado, com odor e secreção, com extensão de aproximadamente 6cm de largura e 8cm de altura. Concomitante à aplicação de fototerapia, foi utilizada uma pomada manipulada com ativos específicos de fatores de crescimento epidermal (EGF), fator de crescimento insulínico (IGF) e fator de crescimento transformador (TGF-ß3), na concentração de 4%. Conforme a progressão da cicatrização, o paciente relatou um aumento da sensibilidade do local, bem como o retorno do aspecto íntegro da ferida. A cicatrização completa ocorreu após 10 meses de tratamento. Repetiu-se a estesiometria na região afetada, no qual o paciente recebeu a cor violeta, indicando aumento da capacidade de tato discriminatório com melhora da sensibilidade.

Conclusões/Considerações Finais

A fototerapia demonstrou-se eficaz no tratamento da úlcera do paciente, promovendo o fechamento completo da lesão. Este caso sugere que a fototerapia pode ser uma opção terapêutica valiosa no manejo de úlceras diabéticas, acelerando o processo de cicatrização e melhorando a qualidade de vida do paciente.

Palavras Chave

Fototerapia; úlcera de pé diabético; cicatrização.

Arquivos